As pessoas que mais amamos é aquelas que nos destroem.
Depois que descobri do que minha mãe é capaz, o amor que tinha por ela diminuiu.
Mas por que deve estar se perguntando, não é mesmo meu caro leitor (a)?! Vamos voltar desde o início para esclarecer o entendimento.
Caminho em direção ao meu carro, mas sinto que estou sendo observada.
" Sei lá, deve ser besteira minha. Quem me dera".
Entro no meu veículo, e vou em direção ao meu trabalho. Coloco minha música favorita (Mariya Takeushi - Plastic Love).
Chego ao meu destino. Desço do automóvel e me dirijo a uma porta de vidro. Ando pelo piso todo branco, que acabaram de polir. Finalmente bato numa porta preta com a maçaneta cinza.
- Olá, Alexia! - disse o meu chefe, Alberto - Chegou bem na hora. Vamos acertar os preparativos para sua nova casa e seus novos projetos. Entre, por favor!
Ele me ofereceu algo para eu tomar, mas assim respondi:
- Ah! Obrigada! Não quero tomar nada. Estou bem. Vamos ao que interessa.
E assim começamos a nossa conversa:
- Então, você ficará um ano no México. Irá ser assistente do Sr. Jefferson, e estará a disposição de tudo que for lhe solicitado. Pode ser que também o acompanhe em viagens. Leia com atenção o contrato e me dê o seu veredito final até hoje à noite.
- Está bem chefe. De qualquer maneira se eu aceitar ou não, vou embora, e levar minha mãe junto comigo, para apreciar uma nova vida.
- Aconteceu alguma coisa?! - perguntou Alberto - Se precisar é só falar. De qualquer forma, independente da sua decisão, torço pela sua felicidade.
- Muito obrigada! Agradeço de coração. Sentirei a sua falta. Tudo vai se ajeitar.
- Fugindo do assunto, você tem notícias do Alexandre ou do Orsano? Ambos faz semanas que não aparecem na empresa. Mando mensagens, faço ligações e de nada adianta.
De repente eu imagnei:
" Como dizer ao meu chefe que eu e o Orsano tivemos um caso, quando descobri que ele era um verdadeiro perseguidor obssessivo".
E disse:
- Não sei de nenhum dos dois. O Orsano só vi naquele barzinho; e o Alexandre parece que evaporou, sei lá daquele doido.
Dei um ar de riso, e falei em um tom irônico:
- Fique tranquilo, em breve eles aparecem por aí.
E pensativa:
"Não quero ver aqueles idiotas tão cedo".
Me levantei, e pronunciei:
- Bom, vou indo lá no meu armário pegar minhas coisas. Foi ótimo conversar com você. Tchau, Alberto!
- Até algum dia, Alexia!
Saio da sala fechando a porta. Entro numa porta branca e ligo as luzes, quando me deparo com um homem sentado numa cadeira, virado de costas para mim. Nem tinha dado importância, deve ser o rapaz da manutenção.
- Olá, meu doce, senti sua falta - exclamou uma voz misteriosa.
Reconheci essa voz, e quando olho para trás, era o Alexandre.
- Que carinha é essa?! Não ficou feliz em me ver novamente?! Pois é, eu sim estava com muitas saudades de você, sabia?! Não via a hora de te ver.
- O que faz aqui, seu babaca?! Não gostei de te ver. Quero que fique longe de mim. Você tinha sumido, e foi um alívio não ter a sua presença por perto. Porém, o chefe perguntou aonde estava. Então, converse com ele e resolva as suas pendências.
- Calma, meu doce! Não fique brava comigo, e fiquei chateado como a senhorita me tratou. E me respeite, pois irá precisar da minha ajuda.
- Eu?! Só que não! - e esbravejei - Hoje é meu último dia nesse lugar, me ofereceram uma oportunidade melhor de trabalho, e lá realizarei meus sonhos.
- Hum... E esse lugar não se chamaria México?!
- Como você... - disse em um tom de raiva.
- Ai, ai! Eu sei de muitas coisas. Por exemplo, a sua mãe me sequestrou junto com o seu belo homem, e que ela tem um passado com o Orsano.
- Você deve estar mentindo. Isso não é possível. Minha mãe jamais se envolveria com ele e nem nesse sequestro. Tchau, Alexandre! Tenho mais o que fazer da minha vida do que ficar escutando as suas lorotas.
- Tá bom! Se duvida, agora tudo bem. Mas cuidado, não é só eu que vou te impedir de ir para o México, como outras duas pessoas - blasfemou o Alexandre, e prosseguiu - e se pensa em se livrar de mim tão fácil, está muito enganada, que o seu já está guardado. E aproveitando, já vou eliminar uma pessoa do seu caminho que deu fruto a esse sonho.
Ele tira uma arma da mochila e vai em direção a porta preta.
- Por favor! - difamei - Não faça isso.
Corro em sua direção, porém, ele me joga bruscamente no chão, e bato minha cabeça, mas não consigo me levantar.
- Não se atreva a me seguir Alexia, ou você será a próxima.
Grito pedindo socorro e pelo nome do meu chefe, mas nada dele aparecer.
- Socorro, Socorro! Alberto, não abra a porta por favor.
Quando digo isso, Alexandre dispara um tiro na perna dele.
- Ai, seu... - disse em um tom de ódio.
Ele corre e arromba a porta do escritório, aonde o meu chefe estava.
- Alexandre, por que você fez isso? Me assustou.
- Infelizmente não tenho tempo para conversas, meu caro chefinho. Preciso garantir que Alexia não vá para o México e que você não entre mais no meu caminho. É bom que sua esposinha nunca vai saber que a traiu com uma amiguinha sua por aí.
- Por favor...
- O senhor me deu muito trabalho. Quase que Alexia era minha, eu subiria de cargo nessa empresa, mas sempre foi o meu obstáculo. Mas a partir de agora vai ser diferente.
- Que dor maldita, mal consigo me mexer.
Ouço um forte barulho da porta do escritório. Infelizmente, eram dois tiros dados pelo delinquente do Alexandre. Entretanto, vejo aquele sanguinário voltando todo ensanguentado e puxando os meus pés.
- Agora vou cuidar de você, meu doce! - Alexandre disse calmamente.
- Não, por favor! - gritei - Socorro! Alguém pode me ajudar?
Por que a vida tem sido tão difícil para mim.
Comentários
Postar um comentário