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As doçuras e amarguras da vida (Estreitando os laços)

No dia seguinte lá estava Kauan no corredor do colégio em frente ao seu armário. Quando o avistei, meu corpo paralisou: não tive reação, só conseguia pensar que ele era meu irmão, e que isso foi segredo por muito tempo. Enquanto eu estava ali, paralisado, meu celular toca e todos me olham em movimentos bruscos, então atendo o telefone. 

Pedro: Alô, Mag quanto tempo! Como você está? 
Mag: Eu estou bem e você? 
Pedro: Eu estou bem, e aí ainda esbarrando nas pessoas por aí? 
Mag: Não, não, hahahaha. Eu gostaria de saber se você está afim de sair comigo essa noite?

Pedro: Então tenho que ver, brincadeira, claro que sim. Te encontro as 19:30 lá na lanchonete do Nick pode ser? 
Mag: Combinado. 
Após desligar o celular, percebo que Kauan está ao meu lado, e logo ele me diz que vai a um encontro com Mag! Agora que somos irmãos, claro eu nem sei como isso aconteceu, mas após meu pai sair de uma conversa infindável com sua mãe ao telefone, ele me disse que tinha que conversar comigo, então o Dr Marcos solta a bomba que ele é meu irmão. 

— Kauan eu só quero que saiba que apesar de toda essa confusão que nossos pais nos meteram, eu estou feliz em saber que tenho um irmão da minha idade, que posso contar com ele em tudo agora. Eu sempre fui sozinho, claro tenho meu primo João, mas você conhece e sabe muito bem como João é, ele pensa apenas nele, nos objetivos dele, então não posso contar com ele em tudo. Após a aula podemos ir lá pra casa e então nós iremos falar sobre todo esse tempo que perdemos, o que acha Kauan?
Kauan responde imediatamente “Olha eu acho que pode ser interessante, até mesmo por que partir de hoje vamos estreitar laços não é meu irmão?”. 
— Então ficamos combinados assim vamos lá pra casa hoje após a aula. 
Após a aula então foi pra minha casa e no caminho, eu comecei a falar para Kauan tudo o que estava acontecendo, que meus pais estavam separando-se, que mamãe acabou de descobrir um nódulo e que está grávida, e então Kauan solta uma piada.
— Um é pouco, dois é bom, mas três é demais!— e caímos na gargalhada, durante o percurso perceberam que ainda não pegaram a chave da bolsa então pego a bolso e me abaixo para procurar a chaves, então Kauan me pergunta: — Pedro, você combinou de encontrar alguém após a aula?— respondo que não, então ele me diz:

—Olha, não é ali a sua casa?
Então, quando olho está lá um homem de pé ao lado da porta. Quando nos aproximamos, o homem estava todo estranho, vestido com uma blusa de frio, Capuz, óculos escuro e o clima estava em 33°, achei estranha toda essa situação, mas decidi chegar mais perto e para minha surpresa era Henrique, o homem a quem eu chama de pai a dezessete anos da minha vida.

Ele me pediu para não contar para mamãe que ele estava por perto e que veio aqui em casa me ver, mas sentamos e choramos juntos. Conversamos por duas horas seguidas, sentados ali eu, Kauan e Henrique que apesar de não ser meu pai biológico, eu o amo e considero como se fosse; tivemos uma história, foi ele quem acompanhou mamãe em minhas ultrassons, quem viu meus primeiros passos, quem me levou na escola no meu primeiro dia de aula foi ele quem cuidou dos meus machucados na minha queda quando dei meus primeiros passos de bicicleta, mas caí e me ralei todo e ele estava lá. Não posso apagar essas e outras lembranças que construímos juntos.

De repente olho no relógio e são 18:00 horas e digo para Henrique que gostei de vê-lo, peço desculpas a Kauan por não poder passar o tempo que combinamos de passar juntos da maneira que gostaríamos de passar, falando de nossas vidas, jogando videogame e aproveitando a tarde para nos conhecermos melhor, mas Kauan me diz “Calma Pedro ainda temos muito pela frente o que viver as lembranças que acabei de ouvir você citar que viveu com Henrique levaram tempos para serem construídas e assim será conosco, vai porque a Mag está te esperando”. Então subi me arrumei e fui ao encontro de Mag.

Quando encontrei ela, pareceu que o tempo tinha congelado, ela estava deslumbrante: com uma trança de lado, aquela maquiagem que faziam os olhos dela brilharem mais ainda e aquele afim vermelha, um vestido que lhe caía muito bem, ela aproximou-se e disse-me 
—Pedro.
—Mag, olha você está muito linda—Mag tímida e sem graça me responde 
—Obrigada, você é lindo também. 
Chegamos na lanchonete do Nick sentamos a mesa e fizemos nossos pedidos. Ficamos ali cerca de um hora e meia o papo estava tão bom que nem vimos a hora passar, olhamos no relógio e então eu lhe perguntei:
—E aí, está pronta pra surpresa que te preparei?
—Como assim surpresa?— me pergunta envergonhada.
—Sim uma surpresa.
Saímos pelas ruas e então perguntei se ela sabia dançar e comecei a conduzir ela aos passos de uma música que comecei a cantar enquanto olhava em seus olhos. Ela estava cada vez mais envergonhada, mas demonstrava que estava gostando de tudo o que estava acontecendo naquela noite maravilhosa. Então chegamos no nosso destino, perguntei a ela se conhecia o parque Tinkeld e por incrível que pareça ele não conhecia, subimos alguma troncos e então e chegamos na casa da árvore, onde ficamos sentados, olhando o horizonte da cidade, eu diria uma das vistas mais privilegiadas, e então conversamos um pouco e ela deitou sobre o meu peito e adormeceu, tirei o meu casaco e fiquei observando ela dormindo e pensando o quão sortudo eu era em estar nesse momento sentado com uma das meninas mais linda da cidade. Comigo.

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