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Mostrando postagens de novembro, 2020

A moça da sapatilha preta (10° Capítulo)

   Angustiada, aflita, sem chão, eu diria que assim Anna se encontrava devido à situação da saúde de Peter, eu, por outro lado movia-me de íntima compaixão e esperançoso que ali não fosse o fim de Peter, pois eu passei a ver Peter com outros olhos. “O cara foi um dos mais incentivadores do sonho de Anna.” Claro eu apoiava-a também, só não suporto a ideia de viver distante dela, seria egoísmo, o meu ego falaria por mim se não me desse a oportunidade de conhecer esse homem.    No hospital a ansiedade tomava o lugar, não aguentava mais esperar por notícias, sentados na sala de espera, o tempo era o nosso maior inimigo, cada minuto que passava era um novo questionamento. desloquei-me até a recepção e perguntei para a enfermeira se ela tinha alguma notícia sobre o quadro de Peter, precisavamos saber de algo para nos acalmarmos. Enquanto a enfermeira sai em busca de informações, avistei Elizabeth, eufórica, correndo na minha direção. — Preciso saber o que aconteceu?  ...

A moça da sapatilha preta (9° capítulo)

   Esse de longe era o melhor momento que tive a sós com Anna depois do seu retorno, estávamos ali juntos dançando, acabamos esquecendo o mundo, quando de repente escutamos alguns passos, alguém subindo a escada, respiração ofegante.   — Socorro, socorro, eu não consigo respirar!      Então nós entre-nos olhamos e pensamos Peter. Quando chegamos no corredor, lá estava ele folgando a sua gravata, sem ar, fazendo um esforço pra nos dizer “Eu estou passando mal, levam-me ao Hospital San Benedito.”      Anna, se despertou e começou a chorar, então peguei o meu celular, a chave do carro coloquei Peter nas cotas e disse Anna vamos. Durante o caminho tentai acalmar Anna, pedi que ela respirasse e que ficasse calma, pois no hospital eles iriam cuidar muito bem de Peter, então Anna começou a acalmar-se, pedi que ela ligasse para Elizabeth, e informasse que Peter está em direção ao hospital, que não sabíamos ao certo o real está do que est...

A moça da sapatilha preta (8° capítulo)

  Nada parecia normal, levantei-me, e aquele questionamento ainda estava presente martelando a minha mente, ao descer pra tomar o meu café deparo-me com Elizabeth, sim isso mesmo Elizabeth, tenho que pedir de uma forma nada cordial que ela se retire da mesa, e que vá embora! Mas ela esquece a bolsa e retorna pra buscar, depois de alguns minutos a campainha toca novamente então com certeza sei que é o convidado de Anna, me retiro, subi as escadas em direção do meu quarto, mas chegando no meu quarto algo deixa-me enfurecido, primeiro o fato de acordar e ver Elizabeth e ter que expulsa e não tomei o meu café da manhã, mas o que me enfurecia mesmo era o silêncio ensurdecedor que havia se instalado na casa.     Eu sabia que Anna estava na sala acompanhada de um estranho que eu nunca havia visto antes, sim na minha mente havia vários adjetivos para Peter, “Aproveitador, folgado, intrometido”. E o pior é que não conseguia para de pensar que Peter era um homem exuberante e m...

R.augusta: A sétima chave capítulo 10.1

Para melhor imersão leia escutando essa música:https://youtu.be/0IMRxMKbZjU Não fui feito para ganhar, fui feito para conquistar; parte 2 Eu estava sem qualquer reação, a presença deste homem era forte e imponente, um perfume amadeirado cobria todo o beco, seus olhos castanhos claro eram questionadores, penetrando até minha alma, com cabelos pretos cacheados e pele levemente morena, era como a serpente que representava o pecado, quando ele abriu os lábios novamente lembrei que estava sem respirar por em tempo quase perdendo o fôlego:   - "Então, posso saber pelo menos o nome de minha bela contratante ?"   - "Eu não disse que quero ou preciso de seus serviços." Disse com um olhar de desdém.   - "Hmm interessante, uma mulher desafiadora pode elevar seus sonhos enquanto houver imaginação, vou ser mais claro quanto a minha proposta, eu estou a procura de um homem chamado Cristian que junto a outra mulher roubaram uma quantia grande de minhas drogas, ele é usuário r...

R.augusta: A sétima chave capítulo 10

Não fui feito para ganhar, fui feito para conquistar Dias chuvosos, aqueles cinzas como uma televisão sem sinal, com um leve chiado, similar aos aplausos para uma orquestra e um frio que penetra os ossos me levam a uma viagem nas marés turbulentas de minha mente. É difícil dizer quando eu de fato me tornei o que sou, mas a transição é clara como ontem, me lembro do sangue quente de minha mãe fazendo contraste com seu corpo frio, e da indiferença do meu pai, presumo que um alívio para ele, já que agora estava livre para assumir seus desejos e luxúrias junto a sua amante. Pouco tempo se passou desde seu suicídio, nada colaborava para desfazer o nó em minha garganta, viver era um fardo, o medo do futuro era palpável, algo ilógico para uma criança de oito anos, meu refúgio eram os estudos que me mostravam como todos significavam pouco, com problemas minúsculos e insignificantes, sem propósito ou razão. Erroneamente acreditei que agradar a todos a minha volta era a forma de me aceitarem, t...

A moça da sapatilha preta (7° capítulo)

  Elizabeth levantou-se e empurrou a cadeira de forma brusca, olhou-me nos olhos com um ar de desprezo, saiu como uma criança resmungando e remendando o que eu havia dito, ela bateu a porta e logo em seguida aquele som estridente. Enfim posso ouvir o silêncio reinando novamente nesta casa, foi só falar e a campainha tocou, vou até à porta e quando abro lá estava Elizabeth. — Bryan esqueci a minha bolsa, posso entrar? Pegue a sua bolsa e por favor, vá embora! não apareça aqui novamente. — Claro querido, com maior prazer, ah! antes que me esqueça, Peter está vindo aí. Bati a porta, e subi as escadas correndo em direção ao meu quarto, deitei-me e passei o dia pensativo.     Infelizmente essa mulher sabia como me desestabilizar, tenho certeza que ela nunca foi feliz com a escolha de Anna. Ela sempre fez de tudo pra o nosso relacionamento não dá certo, de uma coisa eu tenho certeza, foi ela, sim, foi ela, que colocou essa ideia na cabeça de Anna de seguir o seu sonho, ser...

R.Augusta:A sétima chave capítulo 9

Amarguras da vida II Débora estava sentada de frente para o barman. Sua taça de vinho havia se esvaziado pela segunda vez.  A bela mulher de cabelos negros, conforme o álcool se espalhava pelo seu sangue, estava cada vez mais aérea. — O ano era 1999. Eu ainda morava com minha mãe e meu padrasto em uma casa modesta de São Paulo. — Débora pede outra taça de vinho e observa o local ao seu redor.— Minha mãe e meu pai se separaram quando eu tinha 16 anos e foi um ano após atingir a maioridade, que tudo mudou. Minha mãe conheceu o Marcos, meu padrasto, uma semana depois do meu aniversário de 19 anos. Era uma sexta-feira quando minha mãe precisou comparecer a um evento, ao lado de algumas de suas amigas mais próximas. Eu acabei ficando em casa com o meu padrasto. — Débora fixa seu olhar no de Carlos.— Nossa relação nunca foi muito boa, ele estava constantemente olhando as gavetas do meu quarda-roupa e fazendo insinuações sobre o meu corpo e acredite, naquela noite não foi diferente... — A...

A moça da sapatilha preta (6° Capítulo)

    Depois de toda a situação eu entrei no meu quarto e comecei a pensar em todos os momentos que eu tinha vivido com Anna, lembrei do dia em que a vi pela primeira vez na lanchonete tomando seu café, o seu primeiro concerto, quando viajamos pra acompanhar a companhia de dança da mãe dela, eu decidi olhar algumas fotos, lembranças que já não me recordava, estavam ali guardadas, me fazendo lembrar que um dia eu amei essa mulher com todas as minhas forças.      Sentei-me no chão frustrado, e lá estava novamente aquela sapatilha de baixo da escrivaninha, o que me trouxe um profundo desgosto e questionei-me. — O que essa sapatilha ainda está fazendo aqui? Preciso desfazer-me dessa sapatilha, fui até o quarto.de hóspedes, e lá estava Anna chorando, bati na porta e perguntei “Anna querida, como você está? Aconteceu alguma coisa?”. Ela abriu a porta secou os olhos e disse. — Peter eu estou bem! Então questione “Anna quem é Peter?”. Então ela fechou a porta e pediu ...